Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2025

Recomeçar: a coragem de tentar de novo

  Essa semana foi uma daquelas que nos fazem parar. Respirar. Pensar. E entre tantos pensamentos, uma pergunta ficou martelando na minha mente: E se eu não pudesse recomeçar? Já parou pra pensar nisso? A vida, com todas as suas voltas, suas pausas e tropeços, nos oferece constantemente a chance de um novo começo. E isso, por si só, já é uma dádiva. Recomeçar não é fraqueza. É sinal de coragem. É entender que a vida não segue uma linha reta — às vezes, a gente anda em círculos, volta alguns passos, cai… mas continua. Mesmo que pela milésima vez. A gente recomeça a dieta, o cuidado com a saúde, os estudos, os planos que pareciam engavetados. Recomeça com medo, com cansaço, às vezes sem saber por onde. Mas recomeça. E por quê? Porque ainda há sonhos dentro da gente. Desejos que gritam. Vontade de viver algo melhor. De não apenas sobreviver, mas de viver com sentido. Melhorar é importante não porque precisamos ser perfeitos, mas porque merecemos ver nossos sonhos acont...

Síndrome do impostor ou um problema social "não individual"

🕒  Tempo de leitura: 6 minutos   Tudo está sincronizado, como dizia Jung: A sincronicidade é uma forma de a vida mostrar que tudo está interligado — especialmente nos momentos de grande transição ou decisão. Tá, mas o que síndrome do impostor tem a ver com sincronicidade? Esses dias eu estava me autoavaliando e pensando sobre essa tal síndrome do impostor. Talvez eu estivesse vivendo isso, porque em algum momento pensei que não merecia viver o que estava vivendo, ou que eu não era boa o suficiente para aquela vaga de trabalho, e que estava "roubando" o lugar de outra pessoa mais capacitada que eu. Comecei a pensar nas várias hipóteses de ser realmente uma “síndrome do impostor” — que, na verdade, nem é uma síndrome, mas sim um nome para descrever uma pessoa que acredita que chegar a determinado lugar seria uma fraude. Mas… e se não for uma fraude? E se for uma construção da sociedade que muitas vezes pode ser etarista, racista, preconceituosa e por aí vai um montão de con...

Meia-idade: o que é, quais os sinais e como lidar com essa fase de mudanças

 Você já ouviu falar na crise da meia-idade? Esses dias, assistindo a vídeos no YouTube, me deparei com um que falava sobre a crise da meia-idade, que ela vem por volta ali dos 35 a 40 anos, e passamos a nos questionar nossa caminhada, até pensar que estamos estagnados e começamos a querer fazer mudanças nos nossos propósitos de vida. E esse vídeo bateu tão forte, porque eu lembrei exatamente da sensação que tive quando decidi fazer a transição de carreira e largar tudo para trás e viver essa aventura em outro estado. Ainda não contei sobre isso aqui, mas sim, eu larguei meu trabalho, o lugar onde eu morava e fui com as malas, duas gatas e um sonho no meu coração: transitar de carreira. E confesso sinceramente que, na época, não havia ouvido falar sobre essa crise da meia-idade, cujos sintomas são: Sensação de estagnação ou perda de propósito Reavaliação de carreira, relacionamentos ou estilo de vida Mudanças físicas visíveis (como rugas, cabelos brancos, alterações de pe...

Como a costura pode ser um refúgio criativo e relaxante na sua rotina

Costurar é mais do que criar: é sentir Você já se sentiu sobrecarregada, presa à rotina, ou desconectada de si mesma? A costura, muitas vezes vista apenas como um ofício, é na verdade uma forma de reconexão com o momento presente. Ela exige presença, atenção, ritmo — quase como uma meditação em movimento.  Você já pensou que costurar pode ser mais do que uma habilidade manual? Pode ser um respiro no meio do caos, um momento só seu, um verdadeiro refúgio criativo. Eu não imaginava o quanto a costura me ajudaria — e não falo só sobre fazer roupas ou consertos. Estou falando de bem-estar, conexão e até mesmo transformação emocional. No meio de um turbilhão de mudanças na minha vida e com a ansiedade batendo forte, encontrei nesse universo algo que me fez desacelerar. Comecei as aulas numa segunda-feira, e foi o melhor jeito de iniciar a semana. No primeiro dia, a professora apresentou as alunas, explicou o básico da máquina, e dali em diante algo em mim começou a mudar. Quando esta...

A escolha mais difícil me levou a um SIM inesperado

  Você já passou por um momento da sua vida em que precisou desistir de algo que AMA muito? Não porque você queria, mas porque sentia que todos os seus esforços não estavam valendo a pena? Foi exatamente o que pensei em fazer: desistir da faculdade. Eu sentia que não estava conseguindo uma vaga de estágio na área, estava trabalhando como CLT e me perguntava: "Será que é isso que eu devo fazer? Desistir da faculdade por um tempo e depois retornar?" Infelizmente, nós, pobres mortais sem privilégios, muitas vezes precisamos repensar muitas coisas na vida e fazer escolhas difíceis. Mas juro: essa seria a escolha mais dolorosa da minha vida. "Nossa, mas por que desistir de algo que você AMA tanto? Não tem como desistir de outra coisa?" Pensei muito sobre isso. E como eu também tinha outras metas ligadas à minha autoestima, comecei a considerar a ideia de desistir. Não fiz a rematrícula. E o que mais aprendi com essa atitude? Sabe aquele momento em que você sente a ...

Voltei para o CLT, mas pensando no estágio que eu iria conquistar

  Cheguei com pressa de viver Voltei de Santo Hilário com a cabeça fervendo. Era como se uma voz dentro de mim dissesse: “Esse ano vai ser diferente.” E não era só vontade. Era necessidade. Fazia um ano e meio que eu buscava um estágio — e nada. A faculdade seguia, os boletos também. E o tempo? Corria como sempre. Resolvi que não ia mais esperar sentada. Quando cheguei em SP, fui pra rua: falei com amigos, bati em novas portas, mandei mais currículos, me inscrevi em um curso gratuito de costura (sim, costura!).  Costura? Por quê não? Muita gente poderia pensar: “o que costura tem a ver com comunicação?” Mas eu só pensava em pagar as contas. Se precisasse consertar roupa em casa pra levantar uma graninha, que fosse. A real é que eu já estava tão pressionada que cogitei trancar a faculdade . E isso doeu. Muito. Não era o que eu queria, mas era o que parecia necessário.  Fui pra entrevista (e saí contratada no mesmo dia) No mesmo dia que me inscrevi no curso de co...

Voluntariado em Pimenta - Minas Gerais

Aquela famosa pergunta volta com tudo: qual foi a sua evolução esse ano? E a gente, como sempre, cai na armadilha do pensamento sabotador. Aquele sentimento de que não fez nada, de que não progrediu em absolutamente coisa nenhuma. Mas, olha... só o fato de ter sobrevivido a mais um ano em meio a tudo o que vivemos, já é uma baita conquista. Chegar ao fim do ano com saúde, perto da família, junto de quem amamos... isso sim é uma vitória silenciosa, daquelas que ninguém posta, mas que importam mais do que qualquer feed organizado. Vivemos em constante cobrança Principalmente quando se está em uma grande metrópole, onde tudo tem que acontecer rápido, como se a vida fosse um cronômetro. Mas a realidade é outra. Nem tudo é instantâneo como miojo — e ainda bem, né? Imagina se tudo acontecesse rápido demais? Já imagino o vazio existencial que viveríamos. Sim, esse post está atrasado — mas eu precisava pausar de verdade. Quando viajei, eu me permiti desligar. E só agora, depois do carnav...

Parei de beber e o que aconteceu?

  Quem você seria sem o álcool? Quando eu digo que não bebo, a reação das pessoas quase nunca é neutra. Não me perguntam o motivo, tampouco apoiam. Na maioria das vezes, o olhar vem carregado de julgamento, como se eu fosse "menos divertida", "difícil de lidar" ou até... um ET. E isso me fez refletir: por que a decisão de não beber incomoda tanto os outros? A decisão nasceu de um incômodo Tudo começou quando percebi que o álcool estava mexendo com minha memória. Não era só um “brinde social”. Pra mim, beber significava escapar da realidade. Esquecer os problemas, anestesiar as dores ou até potencializar alegrias. Mas aí vem o ponto de virada: quando comecei a diminuir, ganhei clareza. E nessa clareza, percebi o quanto o álcool é nocivo. Não só pra mim, mas pra milhares de pessoas ao redor do mundo. O que é "normal" precisa ser questionado A gente vive numa cultura onde beber é quase um passaporte social. “Quem bebe é legal”, “quem sai pra balada e v...