Você já passou por um momento da sua vida em que precisou desistir de algo que AMA muito?
Não porque você queria, mas porque sentia que todos os seus esforços não estavam valendo a pena?
Foi exatamente o que pensei em fazer: desistir da faculdade.
Eu sentia que não estava conseguindo uma vaga de estágio na área, estava trabalhando como CLT e me perguntava:
"Será que é isso que eu devo fazer? Desistir da faculdade por um tempo e depois retornar?"
Infelizmente, nós, pobres mortais sem privilégios, muitas vezes precisamos repensar muitas coisas na vida e fazer escolhas difíceis. Mas juro: essa seria a escolha mais dolorosa da minha vida.
"Nossa, mas por que desistir de algo que você AMA tanto? Não tem como desistir de outra coisa?"
Pensei muito sobre isso. E como eu também tinha outras metas ligadas à minha autoestima, comecei a considerar a ideia de desistir. Não fiz a rematrícula.
E o que mais aprendi com essa atitude?
Sabe aquele momento em que você sente a dor de largar algo, mas entrega seu desejo ao universo, de alma, e deixa fluir?
Foi exatamente isso que fiz.
Nesse meio tempo, eu havia feito a inscrição para um curso de costura e a data de início estava se aproximando. Eu estava empolgada, mas trabalhando como CLT.
Mais uma escolha à vista: CLT ou curso de costura?
Fui entendendo melhor o trabalho e as oportunidades que eu poderia ter com a experiência que eu tinha no mercado corporativo. Sei que parece uma atitude precipitada — e foi. Mais uma vez me precipitei.
Mas, felizmente, dessa vez, deu tudo certo. As águas fluíram como uma bela cachoeira, abrindo um caminho incrível.
Após 15 dias trabalhando como CLT, pedi demissão.
Decidi seguir pelo menos um dos meus sonhos, mesmo com zero expectativas de conseguir um estágio.
Segui a vida pensando: "Vou continuar no freela, sem faculdade, sem estágio, mas fazendo o curso de costura que amo."
Na semana seguinte à minha saída do trabalho, fui convidada para a terceira etapa de uma entrevista de estágio.
Confesso que pensei:
"Ah, não vai rolar... Deve ter alguém melhor que eu."
Isso porque, em todas as entrevistas anteriores, eu chegava até a última etapa e, mesmo assim, não rolava. Já estava conformada em seguir uma carreira como PJ e costurar em casa.
Mas, na última entrevista com a gestora, tudo foi diferente. A energia dela era incrível — humana, amiga. Conversamos sobre mim, sobre a empresa, e então ela perguntou:
– Você tem disponibilidade para início imediato?
– Sim, claro! Tenho um trabalho de freela aos fins de semana, mas acredito que isso não será um problema.
Comecei o curso de costura. No primeiro dia, estava super animada!
Postei até um vídeo no TikTok me arrumando, falando sobre como estava me sentindo, seguindo meus sonhos...
Na volta pra casa, recebi um e-mail. E eu fiquei:
"Ãhhh… tô lendo esse e-mail mesmo?"
Sim! Era o tão esperado SIM. Eu havia sido contratada para o estágio.
Fiquei sem reação, juro! Não sabia se ria, se chorava, se me beliscava... "Será que é verdade mesmo?"
É tão doido quando você simplesmente deixa as coisas acontecerem, deixa as águas rolarem, tudo fluir naturalmente…
Essa foi exatamente a sensação.
Mas, mesmo assim, lá no fundo, parecia que eu ainda não acreditava. Não era palpável ainda.
Ainda assim, me alegrei. Compartilhei com meus pais. Fiquei muito feliz.
Ah! E detalhe: fui contratada por uma multinacional.
Que incrível essa experiência, saindo totalmente da minha bolha, das experiências que eu já tinha vivido!
A semana foi maravilhosa, mas o estágio só começaria em abril.
Fiquei dois meses lidando com os processos burocráticos. O que, sinceramente, achei ótimo.
Mas a ansiedade? Se eu te contar que até sinusite eu tive, você acredita?
Fiquei 20 dias muito mal, sem vontade de fazer absolutamente nada!
Ainda assim, eu estava esperançosa de que seria um ano diferente — e realmente foi.
Aconteceram tantas coisas desde o início do ano que... OLHA! Muitas emoções.
Do jeitinho que eu gosto! hahahaha
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