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Como a costura pode ser um refúgio criativo e relaxante na sua rotina


Costurar é mais do que criar: é sentir

Você já se sentiu sobrecarregada, presa à rotina, ou desconectada de si mesma?
A costura, muitas vezes vista apenas como um ofício, é na verdade uma forma de reconexão com o momento presente. Ela exige presença, atenção, ritmo — quase como uma meditação em movimento.

 Você já pensou que costurar pode ser mais do que uma habilidade manual? Pode ser um respiro no meio do caos, um momento só seu, um verdadeiro refúgio criativo.

Eu não imaginava o quanto a costura me ajudaria — e não falo só sobre fazer roupas ou consertos. Estou falando de bem-estar, conexão e até mesmo transformação emocional. No meio de um turbilhão de mudanças na minha vida e com a ansiedade batendo forte, encontrei nesse universo algo que me fez desacelerar.

Comecei as aulas numa segunda-feira, e foi o melhor jeito de iniciar a semana. No primeiro dia, a professora apresentou as alunas, explicou o básico da máquina, e dali em diante algo em mim começou a mudar. Quando estamos costurando, precisamos estar inteiras ali, no momento presente. Cada ponto exige atenção, paciência e intenção — é quase uma meditação ativa.

E olha, em tempos de redes sociais, encontrar esse tipo de foco virou um superpoder. Eu, que sou super conectada (e confesso: viciada em redes), entrei num projeto de detox digital — assunto pra outro post, mas que tem tudo a ver com o que estou vivendo agora. A costura virou o meu espaço de pausa e criatividade.

O que a ciência diz sobre atividades manuais e bem-estar

Estudos mostram que atividades manuais como costurar, bordar ou tricotar ativam áreas do cérebro ligadas à concentração, criatividade e prazer. Além disso, elas ajudam a:

  • Reduzir o estresse e a ansiedade

  • Melhorar a autoestima

  • Promover foco e paciência

  • Criar um senso de realização concreta

Mexer com tecidos é como organizar a alma, como já ouvi de muitas mulheres que iniciaram a costura em fases difíceis da vida.


Nos primeiros dias foi puxado. Saí das aulas com dor de cabeça de tanta concentração, mas logo percebi que aquela experiência estava me fazendo muito bem. A ansiedade por causa do estágio, das mudanças, da vida… foi diminuindo. Não vou mentir e dizer que zerei a ansiedade, mas posso afirmar que ela reduziu uns 80%. Tudo isso por conta de uma atividade que muita gente subestima.

Mais do que aprender técnicas básicas, passei tempo com outras mulheres incríveis — algumas iniciantes, outras com experiência. Todas ali com um objetivo em comum: aprender algo novo. E isso foi poderoso. Criamos conexões, trocamos histórias, rimos juntas. Isso também é parte do autocuidado: se permitir viver coisas novas e dividir o caminho com outras pessoas.

A costura me ensinou que nem tudo na vida é sobre o que está acontecendo com você, mas sobre o que você decide fazer com isso. Sim, parece papo de coach (eu sei!), mas é real. Quando você escolhe olhar para a vida com intenção, buscando aprendizado mesmo nas fases difíceis, tudo muda.

As coisas ruins não vão parar de acontecer. A diferença está em como a gente escolhe lidar com elas. Eu não nasci com essa visão, aprendi aos trancos e barrancos. Depois de muitos “nãos”, entendi que reclamar e se revoltar só alimenta ainda mais a dor. O foco muda tudo. E como dizem por aí: o que você foca, expande.

Se você está buscando uma forma de se reconectar consigo mesma, aliviar o estresse e dar um tempo da correria (e do feed infinito), te convido a tentar costurar. Talvez você também descubra, ponto a ponto, um novo jeito de ver a vida.

A costura pode te ensinar mais sobre você mesma do que você imagina. Você aprende a lidar com a frustração de um ponto torto, a celebrar um acabamento bem feito, a criar com o que tem — isso diz muito sobre seus ciclos internos.

Ela pode ser seu ritual, seu escape, sua ponte entre caos e criação.
Costurar é, no fim, costurar-se.


Você já usou a costura como terapia ou forma de expressão? Conta aqui nos comentários ou compartilhe esse texto com alguém que está precisando de um refúgio criativo. 


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