Aquela famosa pergunta volta com tudo: qual foi a sua evolução esse ano?
E a gente, como sempre, cai na armadilha do pensamento sabotador. Aquele sentimento de que não fez nada, de que não progrediu em absolutamente coisa nenhuma. Mas, olha... só o fato de ter sobrevivido a mais um ano em meio a tudo o que vivemos, já é uma baita conquista.
Chegar ao fim do ano com saúde, perto da família, junto de quem amamos... isso sim é uma vitória silenciosa, daquelas que ninguém posta, mas que importam mais do que qualquer feed organizado.
Vivemos em constante cobrança
Sim, esse post está atrasado — mas eu precisava pausar de verdade. Quando viajei, eu me permiti desligar. E só agora, depois do carnaval e já nas festas juninas (meu Deus, que pecado! hahaha), consegui retomar. A pausa foi essencial. Mesmo assim, confesso: em vários momentos me cobrei.
“Quando vou voltar a escrever no blog?”, pensei várias vezes.
Ainda mais agora que conquistei o meu tão sonhado estágio. Preciso dar andamento ao que me propus por aqui: compartilhar minha transição de carreira. Mas calma, isso vem nos próximos capítulos. Hoje, quero falar sobre outra transição: a de sair da selva de pedra e me reconectar com a natureza.
Desligar para recarregar
Funciona assim: você se cadastra, cria um perfil com suas fotos, experiências, preferências e... pronto. Pode escolher se prefere cidade, vilarejo, floresta, praia. O valor? Uma tarifa única entre R$ 250,00 a R$ 300,00 (parcelável) para usar por um ano inteiro. E se quiser, dá para renovar depois.
Escolhi meu destino para o final do ano e fui. Férias longe de tudo, conectando com pessoas novas, trocando vivências. Passei o Natal e o Ano-Novo com uma nova família. E olha… eu que não sou muito fã dessas datas, achei tudo maravilhoso. Se eu estivesse sozinha em casa, não teria problema — mas viver isso com outras pessoas foi uma surpresa boa.
Voluntariando no paraíso: Casa do Bartô
Fui voluntária em um restaurante em Minas Gerais chamado Casa do Bartô. A comida? Simplesmente divina. Tudo feito com cuidado, capricho e uma estética linda. O restaurante é de frente para o rio. Juro, era mágico trabalhar lá.
Tirando alguns clientes sem noção (que existem em todo lugar, né?), foi um período muito meu. Um tempo de reflexão, leveza, silêncio interno. Fui muito feliz naquele lugar. Acordava com o som das galinhas, das vacas... um cenário que parecia tirado de um filme.
Minha jornada até Santo Hilário
Fui de ônibus até Piumhi, cidade vizinha de Pimenta, e esperei minha carona até Santo Hilário, um vilarejo minúsculo. Na chegada, fomos direto a uma hamburgueria (sim, primeira parada obrigatória!) e depois para a casa onde eu ficaria.
Dividi a casa com duas pessoas: um argentino e outro de um país latino que não me recordo. Era uma casa grande, com três quartos, sala e cozinha. Depois de uma semana, chegou um venezuelano com quem dividi o quarto — ufa, ele era gay, então fiquei tranquila! hahaha
Nos tornamos super amigos, mesmo sem falar o mesmo idioma. Ele não falava português, e eu, nada de espanhol. Usamos o ChatGPT pra traduzir (sim, você me salvou, amigo robô 💻💬). Eu falava bem devagar, ele tentava entender. Foi incrível. Que conexão linda. MUITAS SAUDADES AHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!
Natureza, sol e virada no lago
Como o lugar era bem pequeno, nossa diversão era o lago. No primeiro dia que meu amigo chegou, fomos tomar sol — no meio-dia (péssima ideia, fiquei queimada real HAHAHA). No fim do dia, trabalhamos no evento da virada do ano.
Dias simples, mas que marcaram
Durante esse mês, participei de eventos na cidade (que, aliás, tem menos de 200 habitantes!), almocei em restaurante típico, caminhei até o rio com um livro na mão, tomei sol, respirei fundo. Era só eu, meu corpo, a natureza e um silêncio que gritava coisas boas.
Também fui até cidades vizinhas, conheci pessoas incríveis e me conectei com histórias únicas. É muito gostoso esse tipo de troca. Viver fora da bolha, ouvir o outro, aprender com as diferenças.
E agora, recomeçar com propósito
Essa experiência me lembrou por que eu comecei esse blog. Ele é meu espaço. Um lugar pra contar histórias, dividir aprendizados, e compartilhar minha caminhada — inclusive a profissional. Em breve, quero te contar mais sobre meu estágio e a tão sonhada transição de carreira.
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