sexta-feira, 13 de junho de 2025

Parei de beber e o que aconteceu?

 

Quem você seria sem o álcool?

Quando eu digo que não bebo, a reação das pessoas quase nunca é neutra. Não me perguntam o motivo, tampouco apoiam. Na maioria das vezes, o olhar vem carregado de julgamento, como se eu fosse "menos divertida", "difícil de lidar" ou até... um ET.

E isso me fez refletir: por que a decisão de não beber incomoda tanto os outros?



A decisão nasceu de um incômodo

Tudo começou quando percebi que o álcool estava mexendo com minha memória. Não era só um “brinde social”. Pra mim, beber significava escapar da realidade. Esquecer os problemas, anestesiar as dores ou até potencializar alegrias.

Mas aí vem o ponto de virada: quando comecei a diminuir, ganhei clareza. E nessa clareza, percebi o quanto o álcool é nocivo. Não só pra mim, mas pra milhares de pessoas ao redor do mundo.



O que é "normal" precisa ser questionado

A gente vive numa cultura onde beber é quase um passaporte social. “Quem bebe é legal”, “quem sai pra balada e vira uns shots é descolado”. E se você não se encaixa nisso? Vem o isolamento. Os convites diminuem. Os amigos desaparecem.

E aí a pergunta bate forte:
Eu só consigo me divertir se tiver álcool envolvido?




Você já parou pra pensar?

A indústria nos ensina que comemorar o Ano Novo sem champagne é quase um pecado. Que “afogar as mágoas” com uma bebida é terapêutico. Mas... será mesmo?

Será que não estamos apenas repetindo padrões sem consciência?



Uma busca simples sobre:

📌 O álcool está ligado a mais de 200 doenças.
📌 É o principal fator de risco de morte precoce entre 15 e 49 anos.
📌 Acelera o envelhecimento e afeta todos os órgãos, principalmente o fígado.
📌 Está relacionado a câncer, catarata, HIV, transtornos mentais e muito mais.
📌 Só em 2019, o consumo de álcool custou R$ 18,8 bilhões ao Brasil.

Esses dados me fizeram parar. E pensar. E repensar. Porque sinceramente? Nunca tinha feito esse tipo de busca antes. E talvez você também nunca tenha feito.


"Ah, mas é só socialmente..."

Será?
Pense no ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Aos poucos, o uso social se torna hábito. O hábito vira rotina. E a rotina esconde o impacto. É sutil. Mas é real.


A pergunta que mudou tudo

“Eu estou fazendo isso por mim? Ou pra agradar os outros e me encaixar?”

A partir do momento em que passei a questionar o que eu como, o que eu bebo e o que isso causa no meu corpo e na minha mente... minha vida mudou.

Não, não foi da noite pro dia. Mas foi uma libertação.




A verdade que a indústria não quer que você veja

A indústria do álcool fatura bilhões.
Só em 2016, foram R$ 117 bilhões.
E o marketing dela é tão bem feito que te convence de que você é chato se não bebe.

Mas me diz uma coisa: será mesmo que vale a pena vender sua saúde só pra não ser chamado de “diferente”?



Radical? Talvez. Mas necessário.

Sim, eu sou radical quando se trata da minha saúde. Do meu bem-estar. Da minha vida.

E eu estou aqui escrevendo esse texto não pra te dizer o que fazer, mas pra te convidar a olhar com mais consciência. Porque enquanto a gente não se dá conta, o inconsciente toma o volante.

“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamar isso de destino.”
— Carl Jung

 

 

E agora?

Você pode seguir bebendo. Pode parar. Pode diminuir.
A escolha é sua — e está tudo bem.
Então me diz:
quem você seria sem o álcool?

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